terça-feira, 30 de setembro de 2008


Oi vocês!!! (ô, meu português esta com altos problemas, entao mil desculpas pelos erros, vou assim mesmo...)

aqui esta fazendo frio, o céu esta tipicamente bretao, cinza e baixo, bem pertinho da nossa cabeça...

Ontem encontrei com o Nico (arquiteto, fotografo, videasta), com o qual trabalhamos no mês de maio sobre a relaçao entre corpo e o espaço. Tenho enfim em minhas maos o video do nosso trabalho.

Foi uma experiência muito interessante, e a montagem do video continuou à revelar nossas questoes sobre esse assunto.

Temos 3 propostas de imagens, sendo que a que ele prefere é, ao meu ver, a mais interessante e ao mesmo tempo, a mais dificil de "ser vista", porque pede uma atençao particular; sao 5 sequencias de video, sem montagem, com pouquissimos movimentos. A idéia é revelar o espaço pela presença do corpo.

Como ele diz, essas imagens se situam na fronteira da fotografia e do video. Talvez o ideal seria que as 5 fossem projetadas ao mesmo tempo, numa galeria.

A questao do tempo reaparece entao. O tempo para o espectador, o tempo de uma obra, o tempo que nos é necessario, o tempo da consumaçao...

Vivemos numa sociedade do espetaculo como um consumo, espetaculo pelo espetacular, onde pequenas coisas se perdem no meio do desejo de grandes proezas.

Na improvisao, tenho a impressao de que tentamos "lutar" contra a nossa ansiedade e necessidade de "mostrar serviço". Mas isso é muito subjetivo! Nao quer dizer também que nao podemos fazer mil coisas nem levantar as pernas!!! Para mim, quer dizer que as coisas tentam ter sentido, uma necessidade para, um tempo para, e o nosso ego proprio tentar se assentar um pouco. Facil de falar, bem dificil de se realizar no momento x, onde muitas coisas entram em jogo. Me vem essas perguntas: porque dançamos? Qual é nossa necessidade profunda? Porque nos apresentamos diante o publico? O que muda na nossa relaçao com a dança nesse momento?

...

Quik, lembrei de uma vez que torci meu pé e fiquei meses sem dançar, foi um martirio. Tirei o I Ching, saiu o "O Poço". Foi revelador pra mim, acabei fazendo uma peça sobre.

vai ai um pequeno trecho:

" A madeira esta abaixo, a agua acima. A madeira desce ao interior da terra para extrair a agua. Esta imagem refere-se a um tipo de poço utulizado na China antiga, que usava o sistema de eixo e de balde. A madeira nao representa os baldes, que na antiguidade eram feitos de barro, mas os eixos com os quais se retiravam as aguas do poço. A imagem traz também alusao ao mundo vegetal que, por meio de suas fibras, extrai a agua da terra. O poço do qual se retira agua sugere, também, a idéia de uma inésgotavel dadiva de alimento.

O Poço. Pode-se mudar uma cidade,

mas nao se pode mudar um poço"


Vai também uma foto de uma trabalho que coreografei sobre Camille Claudel, adoro essa imagem que vem de um momento de liberdade na loucura...

grande abraço

até breve

ana


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