sábado, 22 de novembro de 2008

Etapa 2 do projeto


Concluímos com muita alegria a primeira etapa do projeto .

Fizemos quatro experimentos de improovisações online , onde em cada uma vivemos coisas diferentes . Ao final percebemos uma grande evolução em nossa pesquisa de movimento, conexão entre os três artistas e uma maior proximidade ao tema proposta .


Entraremos agora da segunda etapa . Os videos registros estão sendo enviados pelo correio .

Após chegarem entraremos na fase de edição mas imagens e criação dos áudios com o Ronaldo Gino e Alexandre Pires .

Nossa intenção é que este material volte para o site no dia 22/12/2008 .

Cláudio e Sérgio também estão trabalhando no desenvolvimento da página imagens e sons do site . Estão desenvolvendo também as ferramentas de edição que estará no site a partir do dia 22/12/2008 para os usuários , poderem montar e editar seus próprios vídeos .


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Saudades que não se vão !!!!


Que bom que chegamos bem a nossa última experiência . Já estou com saudades de nossos e-mails, falas e discussões .


Será que é assim ou assado ? E a minha cor ? A a sua será verde ? Cores escolhidas, colorindo nossos corpos , telas , imagens.....
Minha câmera não liga e agora ! Nossa meu studio está fechado ! Só o ex... pode me salvar !!!! E minha mesa , com ou sem comida ? A barriga doendo , o pé doendo , a cabeça voando ........
O tempo passando ...... Aos poucos vou conhecendo sem querer conhecer a intimidade de cada um . Um lareira , sem fogo mas que nos aquece só de imaginá-la em chamas . Surpriendido por uma estante dos sonhos , gigante , cheia de livros. Que vontade de ler , ver , escutar cada um .
Um sala preenchida de objetos pessoais , memórias vindas em cada canto . E a cozinha , onde está o fogão ? Tempos idos de um relacionamento . Memórias reais ou artificiais?
Tijolo sobre tijolo , um cinza ao fundo sustentando um corpo no espaço .

O tempo dentro ,
O espaço leve
A retensão pesada
O tempo fora
O impulso leve

A tela onde me encontro e onde encontro outros corpos , nem sempre me mostra o que quero .
Mas algo me faz sentir junto . Mesmo sem o que os olhos não vêem , o corpo vê, se dilatando e buscando outras maneiras de se conectar .
Janelas abertas para o mundo , para os olhos que nos querem ver, para os nossos próprios olhos .
Assim foi , está sendo e será o "Corpo Aberto" .

sábado, 15 de novembro de 2008

Clarice Lispector no corpo aberto


Coloco aqui duas frase que encontrei da Clarisse Lispector no livro "O Corpo em Movimento"da Ciane Fernades , que me ajudou no experimento do tema


Impulso/


Para onde vou? e resposta é: vou.(...). É que não sei aonde me levará esta minha liberdade. Não é arbritária nem libertina . Mas estou solta.(...) Não é preciso ter ordem para viver. Não há padrão a seguir e nem há o próprio padrão;nasço (Lispector, 1994)

Retenção/


"Estou sendo antimelódica. Comprazo-me com a harmonia difícil dos ásperos contrários. ...Sei sim -mas com muito cuidado" (Lispector , 1994)



Ai está !

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sobre nossos impulsos e retenções


Coloco abaixo um texto que achei na web e que tem muito haver com nosso próximo encontro dia 14/11 sobre impulso e retenção


Eu e meu corpo, uma relação simbiótica.
“Para podermos compreender a formação do caráter, devemos saber da existência de um processo dialético ativo envolvendo o ego e o corpo. A imagem egóica molda o corpo por meio do controle exercido pelo ego, sobre os músculos voluntários. Inibimos, por exemplo, o impulso de chorar impelindo o queixo, contraindo a garganta, segurando a respiração e enrijecendo a barriga. A raiva, manifesta em socos, pode ser inibida contraindo-se os músculos da cintura escapular, o que empurra os ombros para trás. De início, estas inibições podem ser conscientes e tem por fim livrar a pessoa de mais conflitos e dores. Porém, a contração consciente e voluntária demanda um investimento de energia que não pode ser mantido por tempo indeterminado. Se é necessário inibir os sentimentos, indefinidamente, dado que exprimi-los é inaceitável pelo mundo da criança, o ego abandona o controle da situação sobre o ato proibido e retira a energia do impulso. A retenção do impulso passa a ser inconsciente e os músculos devem permanecer contraídos pela falta de energia necessária a sua expansão e descontração. A energia liberada por este mecanismo pode, a seguir, ser investida em outros atos que sejam aceitáveis e este é o processo que dá nascimento à imagem do ego.” (A bioenergética - Alexander Lowen - Summus Editorial, 10º edição. pág. 125)
Simples! O ego (palavra alemã cunhada por Sigmund Freud que significa “eu”) se forma junto com o corpo. E mais que isso, ambos são ressoantes, espelhos um do outro. O analista corporal bioenergético bem treinado na leitura corporal, ao observar o corpo de um ser humano, capta sua história através de vários sinais que esta estrutura chamada corpo nos comunica.
Por padrões de tensão muscular, pela cor da pele, flacidez, rubor, posição óssea, simetria dos membros, pelos apoios que usamos para nos mantermos em pé, pela forma de olhar, apertar a mão, abraçar, etc, o corpo comunica nossa história de vida. Nele se manifestam nossos desejos mais íntimos. Com milhares de anos, (bem mais do que nosso tele encéfalo desenvolvido) carrega uma sabedoria incomensurável. Já é de conhecimento científico que as fáscias, estruturas que envolvem nossos ossos carregam nossa memória corporal. Muito antes da articulação do discurso verbal ser adquirida e elaborada pelo então “criança humano”, nosso corpo já registrava os eventos mais significativos. Aqui, a frase de Wilhelm Reich ”o corpo é o inconsciente visível” encontra eco. Imenso é o conhecimento de nosso corpo. Saber ouvi-lo, ter consciência dele, de sua linguagem, são raros os que o conseguem sobre a terra. Daí me pergunto: se eu não tenho consciência de meu corpo, poderei sentir o outro?! Se eu não tenho consciência dos meus prazeres e dos determinantes de meus limites, poderei proporcionar prazer e respeitar os limites do próximo!? Até onde essa expressão de sentido duplo: “me sinto mal” reflete nossa inconsciência de nós mesmos?! Até onde a desconexão com as leis básicas da natureza reflete nossa desconexão com nosso corpo, com nossa essência...
Enfim, deixando a tragédia humana de lado, e voltando para o mundo das idéias e das pesquisas da educação somática ocidental, lhes apresento aqui minha perspectiva sobre as relações entre mente e corpo.
Bem vindos ao mundo das infinitas possibilidades!
Meus companheiros nessa jornada serão o doutor Sigmund Freud, seu discípulo Wilhelm Reich, Alexander Lowen, o grande bailarino Klauss Vianna, Rudolf Laban, o russo Moshe Feldenkrais, a francesa Thérèse Bertherat, Fritjof Capra, Giordano Bruno, Federico Navarro, David Boadella, Ola Raknes, Elsworth F. Baker entre outros.
Dentre todos os citados me aterei às idéias e formulações deste médico austríaco chamado Wilhelm Reich. Reich mapeou nosso corpo de acordo com as cadeias musculares e as relacionou com humores e emoções, em outras palavras, encontrou o lugar que o psiquismo ocupa em nosso corpo. Será também este o tema principal de minhas elucubrações por aqui.
Alimento expectativas positivas. Espero críticas sinceras e desejo ser um bom anfitrião em nossa visita ao mundo da psicoterapia corporal.

terça-feira, 11 de novembro de 2008


Que experiência diferente, completamente nova para mim, acho que para todos nos. Durante todo o processo tudo ja era uma grande descoberta, mas o que fizemos hoje é algo de concreto sem ser, como se vissemos uma nuvem,  pudessemos desenha-la, mas ao toca-la ela passa entre os nossos dedos, nao as temos nas maos. Foi um pouco a sensaçao que tive hoje. Dançar com Quik e Raquel sem estar com eles...  nao era como se estivesse dançando sozinha, nem como se eles estivessem realmente là. Dançar para pessoas que nao vemos, que nao estao presentes, mas que nao estao ausentes tao pouco. É uma sensaçao nova, intrigante. Nao sei falar se foi "legal". Foi sem duvida muito diferente do que fiz até hoje, isso é "legal" porque nos desloca daonde estamos, de maneiras de fazer que acabam nos fixando num certo lugar. Mas me deu vontade de estar junto, de tocar, de sentir o cheiro, de escutar. Aos poucos vou achando a  "minha dança" nesse espaço, bem devagar... 
Como podemos linkar o virtual com os nossos passos, nossas vidas, nossa respiraçao aqui, agora, concreta?...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tempo como um rio ou um rizoma


O Rafael, me enviou este texto sobre o tempo , publicado no mais da folha .
Fica aí uma sugestão de mais um texto e a questão de como vemos o tempo .
Para o Marcelo Gleiser o tempo pra gente ainda é como um rio . Concordo com ele mas ao mesmo tempo penso que , mesmo sendo como um rio , podemos percebe-lo ou senti-lo como um rizoma .
Como se tivesse uma multiplicidade de setas , direções e sentidos como diz Peter Pal Pelbart
Abaixo o texto na integra .

Volta e meia leitores me escrevem pedindo que aborde determinados tópicos. Dentre eles, o tempo é, sem a menor dúvida, um dos mais populares.Que o significado do tempo -filosófico, científico, existencial- exerça um fascínio não é muito surpreendente. Afinal, o tempo está intimamente ligado com a preocupação mais profunda e inquietante da humanidade, a nossa mortalidade. A consciência que temos de que nosso tempo de vida é finito está por trás de muitos dos anseios que nos afligem. Não é à toa que muitas religiões tentam, de alguma forma, driblar a morte, propondo existências alternativas, seja no paraíso (ou inferno), seja por meio da imortalidade da alma, que reencarna ciclicamente, ou mesmo por meio da aceitação da morte como uma conseqüência inevitável da vida, algo que deveríamos abraçar e não lutar contra. Apesar de a ciência não oferecer uma resposta de ordem existencial ou teológica, ao menos oferece uma definição concreta do que seja o tempo. A escolha do que fazer com ela, claro, pertence ao indivíduo, embora eu espere que alternativas sobrenaturais não sejam levadas muito a sério. Existem duas noções de tempo. A newtoniana assume que o tempo flui inexoravelmente, sempre no mesmo ritmo para todo o mundo, do passado ao futuro. É a tal noção do tempo como um rio. Esse é o tempo que percebemos pelas mudanças à nossa volta, uma ferramenta criada para quantificar as transformações da natureza. Sementes brotam, flores desabrocham e caem pelo chão. Nós também. Ao tempo newtoniano, juntamos as leis da termodinâmica, que mostram que a tendência dos sistemas naturais é equalizar diferenças, é evoluir na direção do equilíbrio. A vida é um sistema fora do equilíbrio, que precisa estar em permanente contato com o ambiente externo, com fontes de energia, para permanecer viável; se não comemos e excretamos, morremos. Claro, a determinação do zero do tempo, quando começamos a marcar datas, ou de quão rápido o tempo passa é arbitrária. Nós adotamos um sistema baseado no número 60: dividimos a hora em 60 minutos e o minuto em 60 segundos. Como nas medidas de temperatura, em graus Celsius ou Fahrenheit, poderíamos ter inventado um sistema completamente diferente para marcar a passagem do tempo. Mas o tempo passa da mesma forma. A outra noção de tempo, a relativística, vai além da noção newtoniana, mostrando que a passagem do tempo, o quão rápido ele flui, depende de quem o está medindo. Duas pessoas, uma na calçada e outra num carro, têm relógios idênticos, que foram ajustados quando o carro estava em repouso. Quando o carro passa pela pessoa na calçada, ela olha para o relógio dentro dele e percebe que o intervalo entre um tique e um toque é mais longo: o tempo passa mais devagar para relógios em movimento. Essa é a famosa dilatação temporal da teoria da relatividade especial de Einstein, de 1905. O tempo é plástico, maleável, dependente de movimentos relativos. Contrariamente à nossa intuição newtoniana, não existe um tempo absoluto. Em 1915, Einstein foi além, mostrando que a gravidade também afeta a passagem do tempo; quanto maior for a atração gravitacional num local, mais devagar o tempo passa ali: um relógio na superfície do Sol (se funcionasse) bateria mais devagar. Num buraco negro, ele pararia! Esses efeitos mudaram de forma profunda nossa concepção do tempo, algo que abordaremos em breve. Infelizmente, para nós, ele continua a passar, inexoravelmente feito um rio.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Esta chegando, ou ja chegou?


Faltam poucos dias para os nossos encontros na net se realizarem. Por um lado sinto algo parecido com a chegada de uma performance, com aquele friozinho na barriga e a antecipacao de sempre. Mas se paro pra pensar sobre este projeto, desde o dia da sua concepcao ate onde ele nos levara, a sensacao que me vem eh bem diferente.

O corpoaberto nao eh uma performance, muito menos um espetaculo. Tudo o que vivemos ate hoje, desde as conversas sobre o tema, as discussoes online, as inumeras dificuldades tecnologicas que enfrentamos, a procura de solucoes para os problemas, os testes pela webcam, a maneira que a gente se comunicava, tudo isto foi e eh a "performance", tudo isto foi e eh o trabalho. O encontro de todos juntos online, dancando para as cameras e para quem estiver nos assistindo, sera apenas uma das muitas facetas que este projeto proporcionou. Nao eh o fim, nem o comeco, nem o resultado de algo, mas sim, uma das varias coisas que fizemos e exploramos ao longo destes meses.

Isto me chamou muito a atencao. Como bailarinos fomos acostumados a achar que o que "vale" eh quando estamos em cena. Olhamos para as aulas, para experiencias que vivemos no nosso dia a dia, no studio, para os ensaios, conversas, enfim, para todo o processo que vivemos como algo que eh "pre", que antecede e so tera algum valor se o resultado do que fizermos for bom.

Este projeto foi uma otima oportunidade de provar que esta logica nao faz mais sentido. Nao aqui. Aqui nao teremos um "grande dia" com uma "grande estreia", nao teremos pessoas nos aplaudindo ou vaiando, mas criaremos a possibilidade de dialogo, interacao, troca, e experimentacao.

Poder vivenciar tudo isto tem sido muito bom.

Abracos,

Raquel

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobre as cores e roupas


Após conversa com o Xande definimos algumas coisas sobre o figurino:

1-Usaremos nas camisetas cores diferentes , a princípio poderemos começar com amarelo, azul , verde e vermelho . Mas poderemos também trabalhar com outras cores .

2- Teremos que combinar as cores que usaremos para que cada um esteja com uma cor diferente do outro . Isto é importante .

3- Usaremos cores diferentes a cada dia pois assim o Xande terá um material mais variado .

4-Não podemos usar listras nem xadrez , pois isto não é bom para o vídeo .

Ficamos então a partir destas definiçoes de criar um cronograma das cores que usaremos em cada experimento .

A difícil Banda larga no Brasil

Finalmente estamos chegando a primeira etapa do projeto.
O que não quer dizer que não estamos ainda lidando com limites ou fazendo escolhas.
Estive fora por 11 dias , apresentando em SP, mas antes de viajar já tinha começado a
pesquisar as possibilidades de obter uma internet com mais velocidade aqui no espaço Quik no Jardim Canadá . Pesquisei em todas as operadoras de telefonia móvel e fixa .
Pesquisei também o serviço 3G e neste percurso, descobri coisas novas e alguns limites .Aqui em Nova Lima , ainda não temos nenhum serviço de internet maior que 256K.
É isso mesmo! E a tecnologia 3G, só funciona em BH e com velocidade de 1 mega, só na zona sul .
Sou um pouco obstinado , e tentei de tudo , mas nada aconteceu. Tive que aceitar as condições da Web, como elas são hoje no Brasil . A coisa ainda está em desenvolvimento .
Levando todos estes acontecimentos pro lado positivo , me encontrei novamente refletindo sobre o objetivo maior deste projeto . O processo ou o resultado ?
Acabei escolhendo ou melhor relembrando que, o que estamos buscando são os caminhos , mesmo que estes não sejam tão limpos ou planejados como esperamos. Repensamos eu , Marcelo e Sergio que serviço então usaremos para transmissão dos experimentos .
Voltamos a partir disto , escolher trabalhar com o LiveYahoo. A diferença de velocidade na transmissão de dados entre a locaweb e o live não é muito diferente .
O tamanho das janelas e o design do live também é bem melhor . O acesso será maior e o controle de quem verá menor pelo live . Pra completar, o serviço do live é gratuito . No final acabamos alterando a escolha e ganhando em outros sentidos .
O site também está pronto e passando por testes internos de funcionamento e revisões .
Estaremos eu, Ana e Raquel aguardando o Galpão virtual ficar pronto para fazermos os nossos testes dos experimentos na web .
Ana e Raquel terão também que se cadastrarem no liveyahoo pra que tudo de certo .
Marcelo Cocu, criou um tutorial pra ajuda-las . Passaremos a outros assuntos amanhã .